- Documento escrito em fevereiro-março/2016
Carta aberta aos:
Poder Executivo, Poder Legislativo e Povo Sanjoanense
Não restam dúvidas de que o Programa Bolsa
Universitária da Prefeitura de São João da Barra, oportunizando a formação em
nível superior, é uma grande conquista para o povo sanjoanense.
Acontece que, desde a implantação, em dois
mil e sete, até hoje, não se realizou uma avaliação para analisar os pontos
positivos e negativos do programa e efetuar as reformulações necessárias.
É inconcebível que um Programa que vise à
formação educacional, principalmente para a concessão de bolsas integrais para
Medicina, não seja exigido documento que retrate a vida escolar do postulante à
bolsa universitária, o HISTÓRICO ESCOLAR.
Devido à crise econômica, há a possibilidade
de que não se concedam novas bolsas, e, como sanjoanense nato, não posso me
calar diante de tal situação, tendo em vista que quatro sanjoanenses nascidos e
moradores de fato em nossa cidade, aprovados no último vestibular para medicina
não usufruam do benefício municipal, enquanto nosso dinheiro está sendo
investido em estudantes moradores de outro município.
Além de Joana Cunha (Casa do Papai Noel) e Tiago
Siqueira (Pelúcia Modas), dentre os que recebem a bolsa integral –medicina- qual(is)
é (são) verdadeiramente sanjoanense(s)?
É preciso repensar o que se quer de fato com
o Programa Bolsa Universitário Integral (medicina): oportunizar que sanjoanenses se tornem médicos ou formar médicos às custas do povo
sanjoanense?
Urge que, em caráter excepcional, para que se
constate o óbvio, seja solicitada a apresentação do Histórico Escolar dos
beneficiados pela bolsa integral –medicina- e averígue-se se, pelo menos em um
dos doze anos cursados na Educação Básica (Ensinos Fundamental e Médio) o
bolsista sentou-se em um dos bancos escolares das escolas situadas no município
de São João da Barra, caso contrário, há uma enorme chance de o bolsista não
residir em terras sanjoanenses, pois quem é sanjoanense cursou, pelo menos os
anos iniciais do Ensino Fundamental, em um de nossas escolas.
Educação é o melhor investimento, mas é
preciso que haja um retorno, caso contrário, estaremos “jogando dinheiro pelo
ralo”.
Então, que retorno o município teve com a
concessão de bolsas para medicina? Quantos dos que já concluíram o curso com o
dinheiro do sanjoanense atuam em benefício da saúde e qualidade de vida desse
mesmo povo?
Vamos deixar de atender aqueles que
sabemos serem sanjoanenses de fato e que, após formados, estarão atuando na
área médica de nossa cidade?
Com a resposta quem de direito.
Sérgio
Sena
(Professor e Cidadão Sanjoanense)
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