terça-feira, 22 de outubro de 2019

Carta Aberta - Bolsa Universitária



- Documento escrito em fevereiro-março/2016

Carta aberta aos:

Poder Executivo, Poder Legislativo e Povo Sanjoanense

                        Não restam dúvidas de que o Programa Bolsa Universitária da Prefeitura de São João da Barra, oportunizando a formação em nível superior, é uma grande conquista para o povo sanjoanense.

                        Acontece que, desde a implantação, em dois mil e sete, até hoje, não se realizou uma avaliação para analisar os pontos positivos e negativos do programa e efetuar as reformulações necessárias.

                        É inconcebível que um Programa que vise à formação educacional, principalmente para a concessão de bolsas integrais para Medicina, não seja exigido documento que retrate a vida escolar do postulante à bolsa universitária, o HISTÓRICO ESCOLAR.

                        Devido à crise econômica, há a possibilidade de que não se concedam novas bolsas, e, como sanjoanense nato, não posso me calar diante de tal situação, tendo em vista que quatro sanjoanenses nascidos e moradores de fato em nossa cidade, aprovados no último vestibular para medicina não usufruam do benefício municipal, enquanto nosso dinheiro está sendo investido em estudantes moradores de outro município.

                        Além de Joana Cunha (Casa do Papai Noel) e Tiago Siqueira (Pelúcia Modas), dentre os que recebem a bolsa integral –medicina- qual(is) é (são) verdadeiramente sanjoanense(s)?

                        É preciso repensar o que se quer de fato com o Programa Bolsa Universitário Integral (medicina): oportunizar que sanjoanenses se tornem médicos ou formar médicos às custas do povo sanjoanense?

                        Urge que, em caráter excepcional, para que se constate o óbvio, seja solicitada a apresentação do Histórico Escolar dos beneficiados pela bolsa integral –medicina- e averígue-se se, pelo menos em um dos doze anos cursados na Educação Básica (Ensinos Fundamental e Médio) o bolsista sentou-se em um dos bancos escolares das escolas situadas no município de São João da Barra, caso contrário, há uma enorme chance de o bolsista não residir em terras sanjoanenses, pois quem é sanjoanense cursou, pelo menos os anos iniciais do Ensino Fundamental, em um de nossas escolas.

                        Educação é o melhor investimento, mas é preciso que haja um retorno, caso contrário, estaremos “jogando dinheiro pelo ralo”.

                        Então, que retorno o município teve com a concessão de bolsas para medicina? Quantos dos que já concluíram o curso com o dinheiro do sanjoanense atuam em benefício da saúde e qualidade de vida desse mesmo povo?

            Vamos deixar de atender aqueles que sabemos serem sanjoanenses de fato e que, após formados, estarão atuando na área médica de nossa cidade?

                        Com a resposta quem de direito.
   Sérgio Sena
(Professor e Cidadão Sanjoanense)

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